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4.Museu Egípcio
Cairo

O Museu Egípcio foi criado pelo governo do país em 1835. Sediado no Cairo, ele atualmente exibe a maior coleção de antiguidades faraônicas do mundo, com mais de 120 mil peças.

Prefácio

O Museu Egípcio foi criado pelo governo do país em 1835 e, atualmente, exibe a maior coleção de antiguidades faraônicas do mundo, com mais de 120 mil peças. Entre as mais importantes estão artefatos das tumbas dos faraós e de membros da família real, como Tuthmosis 4, Amenhotep 3 e Horemheb. Só na tumba de Tutankamon foram encontradas 3.500 peças, sendo que 1.700 delas são exibidas permanentemente no museu.

O prédio que sedia a instituição localiza-se no Cairo, tem dois pisos principais e foi construído em 1900, no estilo neoclássico, pelo arquiteto francês Marcel Dourgnon.

No térreo os visitantes encontram uma extensa coleção de papiro e moedas usadas no mundo antigo. Os papiros são geralmente fragmentos, devido ao desgaste que o material, delicado, sofre com o tempo. Já as moedas foram forjadas em materiais como ouro, prata e bronze, com inscrições em grego, latim, arábico, e hieróglifos. Esse material foi utilizado por pesquisadores para recriar rotas de comércio no Egito Antigo, buscando entender melhor a relação do Império com outros povos.

No piso térreo, também são exibidos os artefatos do Novo Reinado, período entre 1550 e 1070 antes de Cristo. Os objetos dessa época, tal como estátuas, mesas e sarcófagos, são geralmente maiores do que os criados em séculos anteriores.

No piso superior estão os objetos encontrados no lendário Vale dos Reis, pertencentes às duas últimas dinastias do Egito Antigo. Lá estão as joias e tesouros do faraó Amenophis 2º e da mais famosa rainha egípcia, Hatshepsut.

Os grandes museus do mundo têm espaço em sua coleção para a arte egípcia, mas, além disso, existem outros dois museus exclusivos para ela fora do seu país de origem. Um deles é o Museo Egizio, localizado em Turim, na Itália, e o outro é o Ägyptisches Museum und Papyrussammlung, também conhecido como o Museu Egípcio de Berlim, na Alemanha.

O Museu

O governo estabeleceu o "Serviço das Antiguidades do Egito" em 1835, para administrar os sítios arqueológicos e realizar exibições dos artefatos coletados nas escavações.

Nos primeiros anos, o Jardim de Azbakian era utilizado como depósito. A coleção foi transferida várias vezes e, finalmente, foi guardada em um anexo do palácio de Gizé, onde permaneceu até a construção do prédio definitivo do museu, na cidade do Cairo, em 1900.

O grande destaque do acervo do Museu Egípcio é o tesouro de Tutankamon. O rei-menino, como ficou conhecido, assumiu o trono em um contexto de divergência política e religiosa e, com a sua ascensão ao poder, o país gradualmente reconquistou suas crenças e valores. O jovem rei governaria o Egito por nove anos, mesmo que, na verdade, não fosse ele o governante.

O tesouro de Tutankamon é um bom exemplo da arte egípcia em sua minúcia e função. Composto por 3.500 peças, ele tinha como objetivo ajudar o faraó na sua passagem para a outra vida, pois os egípcios acreditavam que a morte era o começo de uma nova forma de existência.

Eles formularam ideias sobre a alma e a imortalidade. Na cultura egípcia, existia o "Ba", que pode ser entendido como a alma, e o "Ka", que é a essência da vida. Juntos com o corpo, eles formam o ser humano. A preservação desses três elementos levaria à imortalidade, que eles almejavam imensamente. A arte era mais um instrumento para atingir esse objetivo, prova disso é que a palavra para "escultor", em egípcio antigo, significa "aquele que mantém vivo".

As Obras

Belíssimas joias são expostas no Museu Egípcio. Exímios artesãos, eles tinham uma preocupação extrema com a harmonia do design e com as cores empregadas nas peças.

Um exemplo dos belos trabalhos de ourivesaria egípcios é o colar de Neferuptah, formado por uma rede tubular de contas de feldspato e coral. As fileiras são alternadas por finas camadas de ouro e peças em formato de gota arrematam a parte inferior do colar. De cada lado, uma cabeça de falcão dourada. Esse tipo de colar era o favorito para ornamentar deuses, reis e pessoas importantes, devido à sua capacidade de proteger quem o utilizasse. O exemplar exposto no Museu acompanhava a princesa Neferuptah em seu sarcófago.

As obras do Museu Egípcio impressionam não apenas pelas características mais conhecidas dessa arte, mas também por serem incomuns e inusitadas. É o caso da pintura do anão Seneb com sua família. Apesar de ter sido claramente executada segundo os critérios estabelecidos pela tradição egípcia, que estabelece que os homens tenham a pele mais escura que a das mulheres, que as crianças tenham o cabelo pendendo de apenas um lado da cabeça e com um dedo apontando para a própria boca, é interessante ver a solução que o artista encontrou para manter a harmonia da composição. Já que Seneb é muito baixo e o marido deve ser representado ao lado de sua mulher, e não inferior a ela, dois dos filhos de Seneb foram colocados no lugar de suas pernas.

A escultura em faiança de um hipopótamo azul também chama a atenção pela atualidade de seu design. No Egito, o animal era temido por seu tamanho e sua voracidade, mas também era símbolo de fertilidade e era venerado através da deusa Taweret. A representação do hipopótamo em azul, com flores de lótus e símbolos de renascimento, remete à arte abstrata, e poderia fazer parte de um quadro do espanhol Salvador Dalí sem destoar do universo surrealista do pintor.

Artistas & Obras

    • Bracelete de Shoshenk II
    • Cabeça de estatueta feminina
    • Cabeça de falcão
    • Caixa com braceletes de Heteferes I
    • Colar de Psusennes I
    • Colete de Tutankhamon
    • Colher de toalete com nadadora
    • Colosso fragmentado de Amenófis IV
    • Corrente com pingentes em formato de mosca
    • Diadema com Serápide
    • Diadema de Sat-Hathor-Iunit
    • Disco da tumba de Hemaka
    • Escriba real
    • Escultura com três portadoras de oferendas
    • Estátua de Djoser
    • Estátua de Ísis
    • Estátua de Petamenofis como escriba
    • Estátua de Ramsés II com o deus Hórus
    • Estátua dupla de Amenemhat III como deus Nilo
    • Estátuas de Rahotep e Nofret
    • Estatueta de mulher preparando cerveja
    • Estatueta de Quéops
    • Estela de Merenptah, chamada "Estela de Israel"
    • Estela dedicada por Ptolomeu V ao touro Buchis
    • Faca com cabo de ouro 19 Hipopótamo
    • Livro dos Mortos de Pinudjem
    • Máscara da múmia de Tuiu
    • Máscara funerária de Psusennes I
    • Máscara funerária de Tutankhamon
    • Nefertiti
    • O anão Seneb e sua família
    • O rei Meritamon
    • Os gansos de Meidum
    • Painel de madeira de Hesire
    • Painel decorativo de Djoser
    • Paleta de Narmer
    • Pátera das nadadoras
    • Pente com o nome de Djet
    • Pequena cabeça de Alexandre, o Grande
    • Piso pintado
    • Rainha Hatshepsut
    • Retrato de jovem mulher
    • Sarcófago de Ahhotep
    • Sarcófago de Ahmose Meritamon
    • Sarcófago de Kauit
    • Sarcófago de Petosiris
    • Sarcófago de Psusennes I
    • Sarcófago de Yuya
    • Sarcófago interno de Tutankhamon
    • Três dançarinos anões
    • Tríade de Miquerinos
    • Trono de Tutankhamon
    • Tropa de soldados egípcios e de arqueiros nubianos
    • Vaso com pintura decorativa
    • Vaso para perfumes