1.Museu do Prado
Madri
Inaugurado em 1819, o Museu do Prado é um dos mais importantes da Espanha e do mundo. Junto com o Museu Thyssen-Bornemisza e o Museu Rainha Sofia ele forma o "triângulo da arte" em Madri.
A Gemäldegalerie foi inaugurada em 1830 no Museu Real de Berlim, na Alemanha. O acervo da coleção foi formado a partir dos tesouros de Frederico Guilherme, o Grande Eleitor, que viveu no século 17, e de Frederico, o Grande, que viveu no século 18.
O renome internacional da coleção deve ser atribuído ao trabalho realizado por Wilhem von Bode, que dirigiu a galeria entre 1890 e 1929. Graças a ele, o museu fez muitas aquisições significantes e sua coleção cobre quase todos os aspectos da arte da Europa.
Em 1904, a Gemäldegalerie mudou-se para o prédio do Museu Kaiser Frederico (depois renomeado como Museu Bode) que foi originalmente concebido como um museu de obras renascentistas.
A Segunda Guerra Mundial pôs um fim a um período de desenvolvimento contínuo da coleção. O museu foi seriamente danificado e mais de 400 obras de formato grande foram destruídas. Soldados americanos e russos pilharam centenas de peças que jamais foram devolvidas. A divisão de Berlim em duas no pós-guerra foi acompanhada pela divisão da coleção em dois espaços de exibição: o Museu Bode, na Berlim Oriental e Berlin-Dahlen na Berlim Ocidental.
Até 1997 a coleção foi mantida separada. Só depois de 50 anos ela pôde ser apreciada integralmente. As duas partes do acervo foram transferidas para a nova sede da Gemäldegalerie, que foi inaugurada em 1998 e tem cerca de 7.000 metros quadrados de espaço de exibição. Para dar um passeio completo pelas 72 salas é preciso caminhar dois quilômetros.
A galeria principal contém 1.000 obras-primas. Essas pinturas são complementadas por 400 telas que ficam no piso inferior.
A Gemäldegalerie possui uma das melhores coleções de arte europeia produzida entre o século 13 e o 18. Depois da fundação da coleção, em 1830, ela foi sistematicamente ampliada e aperfeiçoada. Obras-primas de artistas de várias épocas e escolas, como Van Eyck, Bruegel, Dürer, Rafael, Caravaggio, Rubens, Vermeer e Rembrandt fazem parte do acervo.
Duas das maiores seções são formadas por pinturas italianas do século 13 ao 16 e por pinturas de artistas holandeses do século 15 ao 16. Mestres alemães do período gótico e da Renascença estão representados por obras de Konrad Witz, Albrecht Dürer, Baldung Grien, Cranach e Holbein.
A sala octogonal de Rembrandt ocupa uma posição central na estrutura do museu. Os 16 trabalhos em exposição formam uma das maiores e melhores coleções do artista em todo o mundo. Elas são expostas junto com outras obras-primas holandesas e flamengas do século 17: retratos, pinturas de gênero, de interior, paisagens e naturezas-mortas que ilustram o estilo e a preferência dos pintores por determinadas temáticas.
Pinturas italianas, francesas, alemãs e inglesas do século 18 são exibidas em seis salas. Canaletto, Watteau, Pesne e Gainsborough estão entre os grandes nomes da ala.
O alemão Lucas Cranach, conhecido como o Velho, é um dos grandes destaques do acervo da Gemäldegalerie. Em seu quadro "A Fonte de Juventude", Cranach compôs a cena como se estivesse compondo uma peça. O tema é um velho sonho humano: a busca pela imortalidade e pela juventude eterna. A tela é dividida em duas seções horizontais. A parte inferior dá destaque à grande piscina retangular e ao que se passa dentro dela e a parte superior representa detalhadamente uma paisagem distante.
O quadro pode ser lido da esquerda para a direita, como um livro. Na margem esquerda da piscina, mulheres idosas chegam à cavalo, em carros ou sendo carregadas por seus companheiros, e todas se dirigem à piscina. De fato, a água lhes restaura a saúde e a juventude, e elas saem pela margem esquerda, sadias e com boa aparência. São recebidas com novas vestes e seguem para aproveitar os prazeres da vida: comida, dança e amor.
A paisagem ao redor também reflete o efeito da fonte. No lado esquerdo, o horizonte rochoso e árido simboliza o peso da idade, e do lado direito as terras verdes e férteis representam o esplendor da juventude reconquistada.
A fonte da juventude situa-se no meio do quadro e Cranach adornou-a com a imagem de Vênus, a deusa do amor, e de um cupido, que distribui através de flechadas a paixão entre os homens. Dessa maneira o pintor sugere que o milagroso poder de rejuvenescimento que age sobre as dezenas de mulheres que nadam na piscina na verdade é apenas amor.