1.Museu do Prado
Madri
Inaugurado em 1819, o Museu do Prado é um dos mais importantes da Espanha e do mundo. Junto com o Museu Thyssen-Bornemisza e o Museu Rainha Sofia ele forma o "triângulo da arte" em Madri.
O Museu d'Orsay abriu ao público no dia 9 de dezembro de 1986, em Paris, exibindo uma grande diversidade de obras da arte ocidental, criadas entre 1848 e 1914. O acervo foi formado com peças do Museu do Louvre, do Museu do Jeu de Paume e do Museu Nacional de Arte Moderna francês.
No centro de Paris, às margens do rio Sena, e na margem oposta ao Jardim de Tulherias, o museu foi instalado na antiga estação de trem d'Orsay, construída em 1900.
Em 1975, surgiu a ideia de criar um museu para a arte do século 19 e a estação estava ameaçada de ser destruída e substituída por um grande complexo de hotéis modernos. Ao invés disso, os franceses voltaram a se interessar por ela, e a construção foi preservada.
O Museu d'Orsay tem 57 mil metros quadrados, que em 2008 receberam a visita de mais de três milhões de pessoas. Em seus 22 anos de existência, o museu recebeu mais de 60 milhões de visitantes.
O acervo engloba obras de artistas nascidos entre 1820 e 1870, salvo algumas exceções como Matisse, que apesar de nascido em 1869, tem apenas uma pintura em exibição, "Luxúria, Calma e Volúpia", que marca a transição entre o Museu d'Orsay e o de Arte Moderna.
Com uma ala dedicada à fotografia, o Museu d'Orsay foi o primeiro dos museus de arte da França a ter uma galeria permanente dedicada ao tema, e foi considerado inovador pela iniciativa. No entanto, o museu, que hoje é o grande detentor de obras dos impressionistas no país, no início era receoso em admitir obras tão revolucionárias em seu acervo quanto a "Olympia", de Manet. Mais tarde, a própria instituição passou a adquirir obras de Manet, Monet, Puvis de Chavannes e muitos outros.
Durante a Comuna de Paris, em 1848, toda a vizinhança do Louvre foi incendiada, e com ela o Palácio d'Orsay. Por 30 anos as ruínas permaneceram como lembrança dos horrores da guerra civil.
No final do século 19, o governo cedeu o terreno das ruínas do Palácio para a construção de uma estação de trem, que facilitaria o transporte na cidade. O projeto era desafiador porque o terreno é vizinho do Louvre e do Palácio da Legião da Honra e a nova estação precisava se integrar com a elegante vizinhança.
Depois de pronta, a estação d'Orsay serviu a diferentes propósitos. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi centro postal para envio de pacotes para os prisioneiros de guerra. Depois se tornou um centro de passagem para os mesmos prisioneiros, que voltavam para casa depois da libertação da França. Foi usada como set de filmagem de vários filmes, entre eles "O Julgamento", adaptação da obra de Franz Kafka feita por Orson Welles.
Com o tempo, a estação se tornou obsoleta. Depois da eletrificação das ferrovias, os trens ficaram compridos demais para ela. Atualmente, a abóbada de vidro da estação é a entrada do Museu d'Orsay. O projeto arquitetônico escolhido preservou ao máximo a estrutura original, dando ao Museu d'Orsay um caráter único entre os grandes museus do mundo, que costumam ser sediados em palácios de estilo neoclássico.
O acervo tem quadros importantes e coleções completas, como o legado de Caillebote. Amigo e colecionador dos impressionistas, Gustave Caillebote deixou 60 pinturas de Degas, Manet, Cézanne, Monet, Renoir, Sisley, Pissarro e Millet para o Museu do Luxemburgo, que depois foram incorporadas pelo Museu d'Orsay. A coleção, que atualmente tem um valor incalculável e seria cobiçada por qualquer museu, foi recebida sem entusiasmo pelos administradores da época.
Um dos quadros mais famosos do acervo do Museu d´Orsay é o "Almoço na Relva" , de Manet. Rejeitado pelo júri do Salão de 1863, o quadro foi exposto no Salão dos Recusados, onde se tornou a principal atração, causando tanto riso quanto a indignação dos visitantes. A composição do quadro foi inspirada no "Concerto Campestre" de Ticiano, que está exposto no Louvre, e em "O Julgamento de Paris" , de Marcantonio Raimondi, que por sua vez foi feito a partir de um original de Rafael, que foi perdido.
A referência a uma obra clássica não faz com que a obra seja menos inovadora. A presença de uma mulher nua, entre homens vestidos com trajes da época, não é justificada nem pela mitologia grega, nem por alegorias anteriores. A cena foi considerada obscena e o tratamento que Manet deu à tela foi considerado tão inapropriado quanto seu tema.
Ele não realizou a transição tradicional entre o claro e o escuro, feita gradualmente. Manet preferiu contrastes brutos e excluiu do fundo da tela a noção de perspectiva e profundidade. Essas características são sinais da recusa do pintor em se sujeitar às convenções. Ele criou um estilo livre, que é considerado um ponto de partida para a arte moderna.
"O Baile do Moinho de la Galette" , de Renoir, outra peça da coleção do Museu d'Orsay, também foi recebido com críticas negativas na época. O sentimento de dissolução das figuras e a temática inovadora, que trata da vida contemporânea em Paris, faz dessa tela uma das obras-primas do começo do Impressionismo e um dos quadros mais conhecidos de Renoir.