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3.Museu do Louvre
Paris

Inaugurado em Paris em 1793, o Louvre ajudou a formar o conceito de museu como uma instituição pública voltada para a arte. O museu é o lar da "Monalisa", de Leonardo da Vinci, um dos quadros mais famosos do mundo.

Prefácio

"Aberto a todos desde 1793". Essa é a frase que está escrita na fachada do Museu do Louvre, em Paris. Foi durante a Revolução Francesa, iniciada em 1789, que o Palácio abriu suas portas pela primeira vez como museu. Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, que guiaram os franceses na derrubada da monarquia, também foram levados para o campo da cultura e, uma das maneiras encontradas para democratizar a arte foi permitir a todos a entrada gratuita no Palácio do Louvre.

Do século 18 para cá, o Museu do Louvre ajudou a formar o conceito de museu como uma instituição pública voltada para a arte e também o de uma instituição universal, tanto pela abrangência de sua coleção, quanto pelo apelo que exerce sobre o público.

Com mais de 200 anos de história, ele busca duas metas principais. A primeira é se manter moderno sem deixar para trás suas raízes, desafio este que se estende a toda a administração do patrimônio cultural francês.

A segunda é encontrar novas maneiras de tornar a arte acessível ao público. Por conta disso, uma das propostas do Louvre é, por meio de seus projetos educacionais, fazer com que cada pessoa que o visite saia de lá sentindo que aprendeu algo, que existe um elo pessoal com as obras-primas expostas.

Mais de seis milhões de pessoas visitam o Museu do Louvre todos os anos para admirar suas 35 mil obras de arte expostas. A área total do Palácio, que dobrou depois do projeto Grand Louvre, de 1989, é de 60 mil metros quadrados.

Para otimizar o aproveitamento de um acervo tão extenso, o Louvre empresta obras para mais de uma centena de instituições ao redor do mundo. Mesmo assim, não está tão satisfeito a ponto de não ter mais interesse em ampliar sua coleção: pesquisadores do Louvre estão envolvidos em escavações no Oriente Médio e o museu abre suas portas para a arte contemporânea, com a intenção de fazer o diálogo entre os velhos mestres e os artistas vivos.

O Museu

No século 12, o reino da França passou por um crescimento muito intenso. Suas cidades se tornavam cada vez mais influentes e poderosas e, com a intenção de proteger Paris dos bárbaros que ameaçavam invadi-la, o rei Filipe Augusto decidiu construir uma muralha no limite oeste da cidade, às margens do rio Sena. A fortaleza ficou conhecida como Louvre.

Tudo que resta dessa primeira construção é a Sala Baixa (Salle Basse). A cidade cresceu para muito além do Louvre e ele perdeu a sua função defensiva. Foi transformado em residência real e a construção medieval foi demolida, dando lugar a um palácio renascentista.

Por diversas vezes o prédio foi ampliado e ligado a prédios vizinhos, até que um programa ambicioso de reformas realizado por Luís 14 e incrementado por Luís 15 resultou no Louvre que vemos hoje. Entretanto, quando o Palácio de Versalhes ficou pronto, em 1682, o interesse da monarquia se voltou para ele, e o Louvre foi deixado de lado por muito tempo.

Com a Revolução Francesa, em 1789, o palácio passou por um período intenso de transformação. Por três anos foi a residência do rei destituído, Luís 16 e a Convenção Nacional decidiu que ele abriria suas portas em 10 de agosto de 1793, como Museu Central de Artes.

Seus primeiros administradores foram os pintores Hubert Robert, Fragonard e Vincent, o escultor Pajou e o arquiteto de Wailly. Apesar da entrada gratuita, os artistas tinham preferência em relação ao público geral, que só era admitido aos fins-de-semana.

Em 1871, durante a Comuna de Paris, o povo incendiou um dos prédios que compunham o Louvre, o Palácio das Tulherias, por considerá-lo símbolo da monarquia. Toda a estrutura do museu ficou ameaçada e o Palácio de Tulherias teve de ser demolido.

A polêmica decisão de mexer na estrutura arquitetônica do conjunto marca o nascimento do Louvre moderno, que deixa que ser um símbolo de poder e se volta inteiramente para a cultura.

As Obras

O Louvre divide a curadoria de seu acervo em oito departamentos: Antiguidades Gregas, Romanas e Etruscas; Antiguidades Egípcias; Antiguidades do Oriente Próximo; Arte Islâmica; Gravuras e Desenhos; Pinturas; Esculturas e Artes Decorativas.

É o lar da "Monalisa" , de Leonardo da Vinci, um dos quadros mais famosos do mundo. Trata-se do retrato da esposa do mercador de tecidos Francesco Del Giocondo. A obra apresenta uma nova fórmula de realizar retratos, focando o desenho na parte superior do corpo, que inclui os braços e as mãos. O famoso sorriso é uma representação da ideia de felicidade, que é o significado da palavra Gioconda, em italiano.

Entre as estátuas, as que se tornaram símbolos do Louvre são a "Vitória de Samotrácia" e a "Vênus de Milo" , mas o que não falta na coleção são obras emblemáticas, como o "Código de Hamurabi" , um conjunto de leis escrito na antiga Mesopotâmia que figura entre os mais antigos já encontrados.

A coleção de obras francesas é especialmente impressionante pela sua extensão e importância. "O Juramento dos Horácios" e "As Sabinas", de Jacques-Louis David, "A Banhista de Valpinçon" e "A Grande Odalisca", de Ingres, "A Liberdade Guiando o Povo", de Eugéne Delacroix, são obras-primas que pertencem ao Louvre.

O rococó é representado pelo "Embarque para Citera" , de Watteau, enquanto "O Rapto das Sabinas" , de Poussin, exemplifica o estilo neoclássico. Além deles, La Tour, Le Brun, Boucher, Fragonard, Chardin, Corot e Millet são outras estrelas da parte francesa do acervo.

A coleção do Louvre engloba as obras realizadas até 1848. Os impressionistas e as outras vanguardas dos séculos 19 e 20 estão expostas no Museu d´Orsay, que incorporou parte do seu acervo quando foi inaugurado.

Artistas & Obras

    • Águia de Sugério
  • Antonello di Antonio, conhecido como Antonello da Messina
    • Cristo na Coluna
  • Bellechose, Henri
    • O Martírio de São Dinis
  • Hieronymus Jeroen Anthoniszoon van Aeken, conhecido como Bosch
    • A Nave dos Loucos
  • Boucher, François
    • Diana Saindo do Banho
  • Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio
    • A Adivinha
    • A Morte da Virgem
  • Champaigne, Philippe de
    • Retrato do Cardeal Richelieu
  • Chardin, Jean-Baptiste-Siméon
    • A Despenseira
  • Cimabue, Cenni di Pepo, conhecido como
    • A Virgem e a Criança Rodeada pelos Anjos
  • Corot, Jean-Baptiste Camille
    • A Catedral de Chartres
  • David, Jacques-Louis
    • O Juramento dos Horácios
    • Retrato de Madame Récamier
  • Delacroix, Eugène
    • A Liberdade Conduzindo o Povo
    • Mulheres de Argélia em seus Aposentos
  • Dürer, Albrecht
    • Autorretrato
  • Escola de Fontainebleau
    • Gabrielle d'Estrées e sua Irmã, a Duquesa de Villars
    • Escriba Sentado
    • Estela Comemorativa da Vitória do Rei Narâm-Sin
  • Fouquet, Jean
    • Carlos VII, Rei da França
  • Fragonard, Jean-Honoré
    • Lição de Música
    • Friso dos Arqueiros
  • Géricault, Théodore
    • A Jangada da Medusa
  • Ghirlandaio, Domenico
    • O Ancião e a Criança
  • Giotto
    • São Francisco Recebe os Estigmas
  • Goya y Lucientes, Francisco
    • Retrato da Condessa de Carpio, Marquesa de Solana
  • Domenico Theotokópulos conhecido como El Greco
    • São Luis, Rei da França e o Pajem
  • Hals, Frans
    • A Cigana
  • Ingres, Jean-Auguste-Dominique
    • O Banho Turco
  • La Tour, Georges de
    • O Trapaceiro
  • La Tour, Georges de
    • O Trapaceiro
    • Maria Madalena com a Lamparina
  • Le Nain, Louis
    • Família de Camponeses
  • Leonardo da Vinci
    • A Virgem dos Rochedos
    • Mona Lisa (A Gioconda)
    • A Virgem, o Menino Jesus e Santa Ana
  • Claude Gellée, conhecido como Lorrain
    • Porto de Mar ao Pôr do Sol
  • Jean Maelwael, conhecido como Malouel
    • Grande Pietà Redonda
  • Mantegna, Andrea
    • O Parnaso
    • A Virgem da Vitória
  • Mestre de Dreux Budé
    • Crucificação do Parlamento de Paris
  • Metsys, Quentin
    • O Usurário e sua Mulher
  • Michelangelo
    • O Escravo Moribundo
  • Paolo Uccello
    • A Batalha de San Romano
  • Pietro Vannucci, conhecido como Perugino
    • Apolo e Mársias
  • Poussin, Nicolas
    • A Inspiração do Poeta
    • Procissão das Panateneias
  • Quarton ou Charonton, Enguerrand
    • Pietà de Villeneuve-lès-Avignon
  • Rafael Sanzio
    • A Bela Jardineira
  • Rembrandt Harmenszoon van Rijn
    • Bethsabée ao Banho
  • Rigaud, Hyacinthe
    • Retrato de Luís XIV
  • Rubens, Pieter Paul
    • Desembarque de Maria de Médicis em Marselha
    • Sarcófago de Cerveteri
  • Sustris, Lambert
    • Vênus e o Amor
  • Ticiano Vecellio
    • O Concerto Campestre
  • Valentin de Boulogne
    • A Quiromante
  • Van der Weyden, Rogier
    • A Anunciação
  • Van Dyck, Anton
    • Retrato de Carlos I, Rei de Inglaterra
    • Virgem do Chanceler Rolin
    • Vênus de Milo
  • Vermeer, Jan
    • A Rendeira
  • Veronese, Paolo Caliari, conhecido como
    • As Bodas de Caná
    • Virgem com Menino
    • Vitória de Samotrácia
  • Watteau, Jean-Antoine
    • Gilles
  • Zurbarán, Francisco de
    • A Exposição do Corpo de São Boaventura