1.Museu do Prado
Madri
Inaugurado em 1819, o Museu do Prado é um dos mais importantes da Espanha e do mundo. Junto com o Museu Thyssen-Bornemisza e o Museu Rainha Sofia ele forma o "triângulo da arte" em Madri.
"Aberto a todos desde 1793". Essa é a frase que está escrita na fachada do Museu do Louvre, em Paris. Foi durante a Revolução Francesa, iniciada em 1789, que o Palácio abriu suas portas pela primeira vez como museu. Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, que guiaram os franceses na derrubada da monarquia, também foram levados para o campo da cultura e, uma das maneiras encontradas para democratizar a arte foi permitir a todos a entrada gratuita no Palácio do Louvre.
Do século 18 para cá, o Museu do Louvre ajudou a formar o conceito de museu como uma instituição pública voltada para a arte e também o de uma instituição universal, tanto pela abrangência de sua coleção, quanto pelo apelo que exerce sobre o público.
Com mais de 200 anos de história, ele busca duas metas principais. A primeira é se manter moderno sem deixar para trás suas raízes, desafio este que se estende a toda a administração do patrimônio cultural francês.
A segunda é encontrar novas maneiras de tornar a arte acessível ao público. Por conta disso, uma das propostas do Louvre é, por meio de seus projetos educacionais, fazer com que cada pessoa que o visite saia de lá sentindo que aprendeu algo, que existe um elo pessoal com as obras-primas expostas.
Mais de seis milhões de pessoas visitam o Museu do Louvre todos os anos para admirar suas 35 mil obras de arte expostas. A área total do Palácio, que dobrou depois do projeto Grand Louvre, de 1989, é de 60 mil metros quadrados.
Para otimizar o aproveitamento de um acervo tão extenso, o Louvre empresta obras para mais de uma centena de instituições ao redor do mundo. Mesmo assim, não está tão satisfeito a ponto de não ter mais interesse em ampliar sua coleção: pesquisadores do Louvre estão envolvidos em escavações no Oriente Médio e o museu abre suas portas para a arte contemporânea, com a intenção de fazer o diálogo entre os velhos mestres e os artistas vivos.
No século 12, o reino da França passou por um crescimento muito intenso. Suas cidades se tornavam cada vez mais influentes e poderosas e, com a intenção de proteger Paris dos bárbaros que ameaçavam invadi-la, o rei Filipe Augusto decidiu construir uma muralha no limite oeste da cidade, às margens do rio Sena. A fortaleza ficou conhecida como Louvre.
Tudo que resta dessa primeira construção é a Sala Baixa (Salle Basse). A cidade cresceu para muito além do Louvre e ele perdeu a sua função defensiva. Foi transformado em residência real e a construção medieval foi demolida, dando lugar a um palácio renascentista.
Por diversas vezes o prédio foi ampliado e ligado a prédios vizinhos, até que um programa ambicioso de reformas realizado por Luís 14 e incrementado por Luís 15 resultou no Louvre que vemos hoje. Entretanto, quando o Palácio de Versalhes ficou pronto, em 1682, o interesse da monarquia se voltou para ele, e o Louvre foi deixado de lado por muito tempo.
Com a Revolução Francesa, em 1789, o palácio passou por um período intenso de transformação. Por três anos foi a residência do rei destituído, Luís 16 e a Convenção Nacional decidiu que ele abriria suas portas em 10 de agosto de 1793, como Museu Central de Artes.
Seus primeiros administradores foram os pintores Hubert Robert, Fragonard e Vincent, o escultor Pajou e o arquiteto de Wailly. Apesar da entrada gratuita, os artistas tinham preferência em relação ao público geral, que só era admitido aos fins-de-semana.
Em 1871, durante a Comuna de Paris, o povo incendiou um dos prédios que compunham o Louvre, o Palácio das Tulherias, por considerá-lo símbolo da monarquia. Toda a estrutura do museu ficou ameaçada e o Palácio de Tulherias teve de ser demolido.
A polêmica decisão de mexer na estrutura arquitetônica do conjunto marca o nascimento do Louvre moderno, que deixa que ser um símbolo de poder e se volta inteiramente para a cultura.
O Louvre divide a curadoria de seu acervo em oito departamentos: Antiguidades Gregas, Romanas e Etruscas; Antiguidades Egípcias; Antiguidades do Oriente Próximo; Arte Islâmica; Gravuras e Desenhos; Pinturas; Esculturas e Artes Decorativas.
É o lar da "Monalisa" , de Leonardo da Vinci, um dos quadros mais famosos do mundo. Trata-se do retrato da esposa do mercador de tecidos Francesco Del Giocondo. A obra apresenta uma nova fórmula de realizar retratos, focando o desenho na parte superior do corpo, que inclui os braços e as mãos. O famoso sorriso é uma representação da ideia de felicidade, que é o significado da palavra Gioconda, em italiano.
Entre as estátuas, as que se tornaram símbolos do Louvre são a "Vitória de Samotrácia" e a "Vênus de Milo" , mas o que não falta na coleção são obras emblemáticas, como o "Código de Hamurabi" , um conjunto de leis escrito na antiga Mesopotâmia que figura entre os mais antigos já encontrados.
A coleção de obras francesas é especialmente impressionante pela sua extensão e importância. "O Juramento dos Horácios" e "As Sabinas", de Jacques-Louis David, "A Banhista de Valpinçon" e "A Grande Odalisca", de Ingres, "A Liberdade Guiando o Povo", de Eugéne Delacroix, são obras-primas que pertencem ao Louvre.
O rococó é representado pelo "Embarque para Citera" , de Watteau, enquanto "O Rapto das Sabinas" , de Poussin, exemplifica o estilo neoclássico. Além deles, La Tour, Le Brun, Boucher, Fragonard, Chardin, Corot e Millet são outras estrelas da parte francesa do acervo.
A coleção do Louvre engloba as obras realizadas até 1848. Os impressionistas e as outras vanguardas dos séculos 19 e 20 estão expostas no Museu d´Orsay, que incorporou parte do seu acervo quando foi inaugurado.