1.Museu do Prado
Madri
Inaugurado em 1819, o Museu do Prado é um dos mais importantes da Espanha e do mundo. Junto com o Museu Thyssen-Bornemisza e o Museu Rainha Sofia ele forma o "triângulo da arte" em Madri.
A National Gallery of London, ou Galeria Nacional de Londres, é a principal pinacoteca do Reino Unido. Localizada no coração da cidade, na praça Trafalgar, foi inaugurada em 1838, com o objetivo de ser um centro de arte acessível a pessoas de todas as classes sociais.
Para garantir o acesso ao maior número de pessoas possível, a entrada é gratuita e o horário de funcionamento amplo. Além disso, a instituição incentiva iniciativas educacionais dentro do museu, permitindo que estudantes de arte desenhem no local e realizando visitas guiadas, apresentações e seminários, todos gratuitos.
Em 1897 foi inaugurado um prédio especialmente para as obras de artistas britânicos, intitulado The National Gallery, British Art. No entanto, não demorou muito para que o prédio, financiado pelo industrial Henry Tate, ficasse conhecido como Tate Gallery. Em 1954 a Tate se tornou uma instituição independente e, junto com o British Museum e a National Gallery, forma o conjunto de museus de maior destaque de Londres.
Ampliada diversas vezes, a área total da National Gallery hoje é de 46.396 metros quadrados, o suficiente para abrigar mais de 2.000 ônibus de dois andares, como os que circulam pelas ruas de Londres.
Mais de 2.300 obras estão expostas, incluindo telas famosas e importantes para a história da arte, como "Os Girassóis", de Van Gogh, "O Casal Arnolfini" , de Jan van Eyck, "As Grandes Banhistas" , de Cézanne e "A Ponte Japonesa" , de Monet.
Todas as tradições da pintura ocidental estão representadas na galeria, desde o período medieval até o impressionismo do fim do século 19 e começo do 20.
O acervo da National Gallery começou a ser formado antes mesmo dela existir como instituição. Em 1824, o governo britânico comprou por 57 mil libras 38 pinturas do banqueiro John Julius Angerstein com a intenção de que as obras formassem o núcleo de uma nova coleção, para a diversão e a educação de todos.
As obras ficaram expostas na casa de Angerstein até que um prédio específico para a galeria fosse construído. O tamanho da casa do banqueiro foi comparado com outras galerias nacionais de arte, como o Museu do Louvre, e a iniciativa foi ridicularizada.
Em 1831 o Parlamento britânico concordou em construir um prédio para a National Gallery na praça Trafalgar. William Wilkins, arquiteto responsável, reaproveitou, na construção dos pórticos leste e oeste, colunas de Carlton House, antiga residência do Príncipe Regente, que foi demolida em 1826. Em 1838 a construção foi inaugurada.
A ala norte passou por uma expansão e o novo espaço, aberto em 1975, agregou nove salas grandes e três menores. Em 1985, Lord Sainsbury de Preston Candover e seus irmãos, Simon e Sir Timothy, concordaram em financiar a construção de uma nova ala. Um terreno vizinho, que foi bombardeado durante a Segunda Guerra Mundial, foi o local escolhido para a construção da ala Sainsbury, que foi aberta em 1991 para exibir obras do começo da Renascença.
Tanto a ala norte como a ala Sainsbury utilizam preferencialmente a luz natural para iluminação das obras.
Na primeira metade do século 20 o artista russo Boris Anrep fez uma série de mosaicos em mármore no chão da galeria, entre eles "O Despertar Das Musas" , que fica logo na entrada. Assentado em 1933, ele mostra uma interpretação particular do tema mitológico por Anrep, que retrata figuras conhecidas da época no mosaico, ao invés de utilizar modelos desconhecidos para representar os personagens gregos.
Baco e Apolo, que despertam as musas, são o crítico de arte Clive Bell e o poeta Sir Osbert Sitwell, ambos britânicos. A atriz Greta Garbo é retratada como Melpomene, Musa da Tragédia, a escritora Virginia Woolf é Clio, Musa da História. Terpsichore, Musa da Dança, é a primeira bailarina do Balé Russo, Lydia Lopokova e Polyhymnia, Musa da Geometria e da Meditação é representada pela escritora Diana Mitford.
Inicialmente a National Gallery tinha uma política informal para a sua coleção: o diretor viajava pela Europa e comprava obras de acordo com seu gosto pessoal. O acervo foi se expandindo com aquisições individuais e também de coleções particulares, como as 77 pinturas que foram compradas de Sir Robert Peel, que por duas vezes foi primeiro-ministro do Reino Unido no século 19.
A doação mais significativa e marcante da história da instituição foi a de Joseph Mallord William Turner, um dos mais aclamados pintores românticos britânicos que, em 1856, doou para o acervo parte de sua produção pessoal: mais de mil pinturas, desenhos e aquarelas.
Turner foi muito criticado por seu estilo na época, mas hoje é considerado um precursor dos impressionistas e dos futuristas, tanto pela sua pincelada expressiva e seu uso das cores, como pelo seu interesse pela tecnologia e por retratar imagens a partir das impressões que elas lhe causavam. É o caso da tela "Chuva, Vapor e Velocidade" , de 1844, que retrata um trem a vapor em deslocamento e que também está exposta na National Gallery.
Outros movimentos artísticos também estão muito bem apresentados na instituição. A pintura dos séculos 13 ao 15 é representada por Botticelli, Dürer e Bellini. Do século 16, a galeria expõe obras dos mestres renascentistas Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael. Caravaggio e Rubens mostram a dramaticidade do barroco, Poussin exemplifica a excelência formal do classicismo e Rembrandt e Vermeer a grandiosidade da escola holandesa.
A coleção de impressionistas é de especial interesse do público. Obras de Degas, Monet, Pissarro e Renoir, entre outros, atraem pequenas multidões e estão entre os quadros mais conhecidos e admirados do acervo.